A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica em que ocorre o aumento contínuo da pressão arterial e deve ser diagnosticada por um médico. Além disso, é importante destacar que, ainda que não tenha cura, a hipertensão arterial pode ser tratada e controlada. Isso se faz ainda mais necessário, já que essa condição de saúde pode causar complicações sérias como infarto, acidente vascular cerebral e perda da função dos rins.
Fatores estressantes como contribuintes para a hipertensão arterial
É uma condição clínica multifatorial que está diretamente relacionada com ansiedade e estresse. Além disso, é importante destacar que diversos contextos ansiogênicos e estressantes, como o contexto familiar, social ou laboral, podem ser fatores que contribuem para o desenvolvimento da hipertensão. Além disso, esses mesmos fatores podem contribuir para o aumento da intensidade dos sintomas, o que torna o controle da pressão arterial ainda mais crucial.
A relação entre emoções e sintomas físicos no coração
A relação entre coração e emoções é conhecida culturalmente por suas simbologias. Mas, o coração está diretamente relacionado com sintomas físicos de diversas questões emocionais, como, estresse, ansiedade ou angústia. Por exemplo, quando se está ansioso, percebe-se o coração bater de forma acelerada, quando está angustiado, sente-se que o coração está apertado. O nosso corpo como um todo sente e reage a questões emocionais.
Além disso, é importante destacar que no nosso corpo, diversos sistemas trabalham em conjunto para criar respostas no coração a questões emocionais.. Foi compreendido que o sistema límbico, localizado no cérebro, é responsável por receber informações de dentro do corpo e integrar com o que é percebido fora do corpo, ou seja, no ambiente. Essa integração de informações internas e externas acontece junto ao hipotálamo, também localizado no cérebro, responsável por funções neurovegetativas como o batimento cardíaco, e dessa junção ocorrem resultados como a aceleração do coração após o aumento do estresse, e consequentemente, da ansiedade.
A liberação de substâncias e seus efeitos na frequência cardíaca e pressão arterial
Portanto, estudos têm demonstrado que existe correspondência entre situações estressantes e a liberação de duas substâncias: catecolaminas e corticosteroides. A partir disso, é possível observar uma elevação na frequência cardíaca e da pressão arterial. No entanto, é importante destacar que é a liberação prolongada dessas substâncias que pode provocar arritmias, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e outros problemas cardiovasculares.
A importância da identificação e manejo de emoções para prevenir a hipertensão arterial
Sendo assim, quanto mais estressados, mais as pessoas estão propensas a desenvolver hipertensão arterial, principalmente se outras formas de prevenção não estiverem acontecendo. Por isso, a identificação e expressão de emoções, assim como, o manejo de situações de estresse e ansiedade são fundamentais para promoção da saúde e prevenção desta doença. O tratamento psicológico neste sentido se faz necessário.
Mudanças de hábitos saudáveis para prevenir e tratar a hipertensão arterial
Tanto para prevenção quanto para o tratamento da hipertensão arterial demandam mudanças de comportamento voltados à promoção de saúde, como a prática de exercícios físicos, boa alimentação, ingestão correta da medicação prescrita, sono de qualidade e o controle de sintomas de estresse e ansiedade.
Referências:
BEZERRA, S. L. (2020). A interferência dos fatores psicológicos na hipertensão arterial. Revista inovale, 1.
MELLO FILHO, J.; BURD, M.. Aspectos psicossomáticos em cardiologia: mecanismos de somatização e meios de reagir ao estresse. Psicossomática Hoje. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 343-350.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Linhas de Cuidado: Definição da Hipertensão Arterial Sistêmica no adulto. 02 de maio de 2023. Disponível em: https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/hipertensao-arterial-sistemica-(HAS)-no-adulto/definicao-hipertensao-arterial-sistemica-has-no-adulto/