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Hipertensão arterial: o que preciso saber?

A hipertensão arterial sistêmica (HAS), popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica de saúde em que ocorre a elevação da pressão sanguínea na parede das artérias, fazendo com que o coração realize um maior esforço para que o sangue consiga circular em todo o corpo. Considera-se a elevação da pressão arterial quando os valores obtidos em aferições sejam maiores ou iguais a 140/90 mmHg em pessoas que não possuem histórico de pressão alta ou em uso de medicação hipertensiva.

No Brasil, a hipertensão arterial tem alta prevalência, sendo que em 2018, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mais de 31 milhões de brasileiros referiram ter recebido o diagnóstico da doença.

Uma vez que seus sintomas podem ser silenciosos, a descoberta pode ocorrer em razão do surgimento de complicações, reduzindo a qualidade de vida e aumentando o risco de morte.

Quando não tratada de forma adequada, a hipertensão arterial pode gerar complicações cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, aumentando o risco de eventos como o acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio e lesões em outros órgãos importantes.

Mas afinal, quais são os principais fatores de risco para a doença?

É descrito que os principais fatores de risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial são: obesidade, sedentarismo, histórico familiar da doença, uso de cigarro, colesterol elevado, envelhecimento e estresse.

E qual é a relação entre a obesidade e hipertensão arterial sistêmica?

A obesidade tem efeito negativo importante na estrutura dos vasos, criando condição para que doenças cardiovasculares se desenvolvam, além de promover um estado inflamatório que aumenta o risco de doenças metabólicas.

E embora possa ocorrer de forma silenciosa, a hipertensão arterial pode ter sintomas? Se sim, quais?

Os sintomas mais comuns da hipertensão arterial são: dores de cabeça (especialmente na região da nuca), tonturas, sensação de fraqueza, visão turva e zumbidos no ouvido.

E seu diagnóstico?

O diagnóstico da doença se dá através do mapeamento da pressão por meio de Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) ou MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial), devendo o acompanhamento médico ser contínuo.

E hipertensão arterial tem cura?

A hipertensão arterial primária não tem cura, mas seu controle pode ser feito através do uso adequado de remédios orientados pelo profissional médico, além de mudanças no estilo de vida. É importante que se mantenha uma alimentação saudável, a prática regular de exercícios físicos e que se evite o uso de cigarro e bebidas alcoólicas.

Devo ter um aparelho de pressão em casa?

É importante que o portador de hipertensão arterial sistêmica tenha um aparelho de pressão de boa qualidade e calibrado, assim, poderá realizar a medição da pressão arterial adequadamente.

O que devo fazer se estou com algum sintoma de pressão alta ou tenho histórico familiar da doença?

Caso você esteja vivenciando algum dos sintomas de pressão alta ou tenha histórico familiar de pressão alta, busque avaliação médica. É importante que os cuidados sejam iniciados precocemente para se evitar complicações.

No Clude Saúde, o acompanhamento para a hipertensão arterial é realizado por um time de saúde multidisciplinar focado em reduzir os riscos associados à doença e melhorar a qualidade de vida.

Se ainda tem dúvidas sobre a doença ou algum de seus sintomas, entre em contato com a nossa equipe de saúde!

 

 

REFERÊNCIAS:

  • Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde. CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA. Brasília: Ed. Ministério da Saúde, 2006. 9p. – (Cadernos de Atenção Básica; 16) (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
  • BURGOS, P. F.M. et al. A obesidade como fator de risco para a hipertensão. Rev Bras Hipertens vol. 21(2):68-74, 2014.
  • PASSOS, Valéria Maria de Azeredo; ASSIS, Tiago Duarte; BARRETO, Sandhi Maria. Hipertensão arterial no Brasil: estimativa de prevalência a partir de estudos de base populacional. Hypertension in Brazil: estimates from population-based prevalence studies. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , 15, n. 1, p. 35-45,mar,2006.Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742006000100003&lng=pt&nrm=iso . Acesso em 21 out.  2022.

 

  • Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – 2019 – Percepção do estado de saúde, estilos de vida, doenças crônicas e saúde bucal. Link: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101764.pdf. Acesso em 27 out. 2022.
  • São Paulo (Estado) Secretaria da Saúde. Gabinete do Secretário. Assessoria Técnica. Manual de orientação clínica: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). São Paulo: SES/SP, 2011.
  • Sociedade Brasileira de Cardiologia/Sociedade Brasileira de Hipertensão/ Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51.

 

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